CDU: Ausência de Cavaco no 5 de Outubro "só responsabiliza o próprio"
O líder da CDU, que falava esta quinta-feira aos jornalistas à margem da arruada em Setúbal, frisou que a CDU "tudo fará" para que o 5 de Outubro "volte a ser feriado nacional" em 2016, pois "é uma data importantissima da nossa história secular".
"Ninguém entenderá" que Cavaco Silva opte por não fazer "uma pequena declaração", observou Jerónimo de Sousa, "nem que fossem 10 minutos".
Dizendo que "não há um único modelo de celebrações de implantação da República", o secretário-geral do PCP acrescentou: "Não gosto de dar conselhos a Cavaco Silva", alguém que "sempre teve protagonismo para salvar a política de direita, de uma forma ou de outra."
O Chefe do Estado, um dia após ter afirmado que sabia "muito bem aquilo" que faria um dia após as eleições, informou esta quinta-feira, através de fonte oficial citada pela Lusa, que não iria comparecer às comemorações oficiais da implantação da República porque "tem que se concentrar na reflexão sobre as decisões que terá de tomar nos próximos dias".
Na quarta-feira, em Nova Iorque, Cavaco Silva disse o seguinte: "Quanto ao dia 5, estou com muita tranquilidade, sei muito bem aquilo que irei fazer e todos sabem que sou totalmente insensível a quaisquer pressões, venham elas de onde vierem. Decidirei nos termos dos meus poderes constitucionais e colocando sempre em primeiro lugar o superior interesse nacional."
Para Jerónimo de Sousa, o 5 de Outubro é "um feriado que foi roubado aos trabalhadores" e que, no próximo ano, deve ser "devolvido a qem trabalha".